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sábado, 16 de agosto de 2014

INFAMOUS: SECOND SON – ANÁLISE

O mais novo jogo da Sucker Punch, inFamous: Second Son, representa para muitos o verdadeiro começo da nova geração de consoles, seja pelas novas opções de jogabilidade ou os belíssimos gráficos. Apesar da história inferior aos outros da série, o jogo consegue alcançar as expectativas sem muitos problemas, se estabelecendo como um dos melhores jogos no PlayStation 4.
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Se passando sete anos após o fim de inFamous 2, Second Son coloca o jogador na pele de Delsin Rowe, um jovem nativo-americano que vive dando dor de cabeça ao seu irmão Reggie, xerife de sua pequena cidade. Após um acidente Delsin se encontra com um conduit – nome pelo qual pessoas com poderes são chamadas – e ganha poderes de fumaça. Isso atraí a atenção da impiedosa Augustine, e para garantir a segurança dosconduits e de seu povo, Delsin tem que ir até Seattle para confrontá-la.
E aí que o jogo realmente começa, apresentando ao jogador um dos melhores mundos abertos que eu já joguei. Seattle é linda e viva, cheia de pessoas andando pela rua e atrações turísticas que adicionam ao realismo da cidade. Pode não ser grande coisa, mas ter a famosa parede de chicletes de Seattle ajudam a estabelecer uma atmosfera crível dentro do jogo, assim como pichações, pessoas tocando violão na esquina e muito mais.
Mas nem tudo são rosas para os cidadãos dessa bela cidade americana, pois a D.U.P – força anti-conduits criada por Augustine – invadiu e tomou conta da cidade, fechando um olho para gangues que agridem conduits, muitas vezes taxados de bioterroristas, e revogando direitos e liberdade da população para garantir que nenhum suspeito ande livre pelas ruas. Existe um sentimento de urgência nos bairros de Seattle, ver propagandas políticas do D.U.P em todo lugar, fazendo com que você se entenda muito bem a razão por trás das ações de Delsin e valorizando as horas e horas gastas jogando Second Son.
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Infelizmente a história que ali se passa não é tão interessante, mesmo sendo recheada de personagens memoráveis. Delsin é extremamente divertido, e sua forte relação com Reggie torna a dinâmica entre os dois inesquecível, Augustine é uma vilã que vai extrair uma boa quantidade de ódio de dentro de você, mas o enredo mesmo não é nada demais. Seus amigos precisam de ajuda e a única maneira de ajudá-los é derrotando o final boss. É uma história típica de jogo, sem reviravoltas inesperadas e com poucos momentos de grande emoção. A tribo de Delsin, os Akomish, por quem ele está lutando, desaparecem da história até o final, e os outros conduits não são desenvolvidos o suficiente para fazer com que você se importe muito com as histórias secundárias.
As coisas melhoram no gameplay, inFamous: Second Son é divertidíssimo e de longe a melhor parte do jogo são os poderes. Existem quatro tipos de poderes que Delsin pode usar ao longo do jogo, e cada um oferece uma árvore de habilidades com diversos movimentos e ataques, oferecendo maneiras distintas de jogar. Você quer força, flexibilidade ou velocidade? Qualquer que seja seu estilo de jogar, existe um poder que vai te dar exatamente o necessário para derrotar os inimigos com eficiência. 
Os poderes são o que vão te prender jogo, porque seja navegando pela cidade na velocidade da luz (ou quase) ou pulando de um prédio para socar o chão com seu punho de fumaça, eles tornam tudo divertido. As opções de combate são extensas, e você vai ter que explorá-las para garantir sua vitória contra os diferentes tipos de inimigos, que muitas vezes oferecem um bom desafio para Delsin, mas em nenhum momento você vai se sentir sufocado. Second Son oferece uma grande galeria de ferramentas através dos poderes, e o uso inteligente deles é suficiente para derrotar qualquer obstáculo, meu único problema com eles é o fato de que o último poder só é desbloqueado no final do jogo, e acaba sendo usado muito menos que os outros três.
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Como já é de costume nos jogos da série, inFamous: Second Son possui um sistema de escolhas que divide a história em duas, uma onde você é um herói e outra onde você é infame. O sistema não faz maravilhas pelo jogo mas também não o prejudica. O enredo não muda muito independente de qual lado você escolha, mas existem mudanças na forma com a qual você joga – o lado do mal oferece opções mais letais no uso dos poderes, por exemplo. A verdade é que dividir o jogo em apenas dois lados não oferece grande variedade de caminhos alternativos para o personagem principal seguir, e eu espero que a Sucker Punch encontre um sistema mais diversificado para jogos futuros.
Finalmente, esse é de longe o jogo com gráficos realistas mais bonito já lançado num console. Tudo desde a cidade até a construção visual dos personagens exclama nova geração. Esse é um jogo que jamais poderia ser feito no PlayStation 3. A atenção a detalhes é absurda, tem gotas de chuva nas poças pela rua, partículas de fumaça e neon deixadas por Delsin, captura de movimento e de face, o trabalho da Sucker Punch aqui é admirável. inFamous: Second Son é o jogo propaganda da nova geração de consoles, nenhum outro mostra tão bem o poder deles. O recém adicionado Photo Mode também ajuda a demonstrar a beleza do jogo, é só olhar os screenshots usados nesse review.



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